Gosto muito de uma frase de Piero Ferruci, em seu livro A Arte da Gentileza: “talvez, se tratarmos a nós mesmos, uns aos outros, e ao planeta, um pouco melhor, possamos sobreviver, e até prosperar.”
Nossa autoestima pode ser mensurada pela “quantidade” de gentileza e cuidado que dispensamos a nós mesmos. Nossa tendência é exagerar e focar em excesso apenas um aspecto de nossa vida: cuidamos do corpo para tê-lo ou mantê-lo lindo e esquecemos de cuidar da qualidade de nossos pensamentos. Oramos, meditamos e esquecemos de sermos gentis conosco quando erramos. Vamos cuidar do nosso corpo, mente, espírito e emoções, dispensando energia, atenção e carinho de forma equilibrada e harmoniosa para todos os aspectos de nós mesmos.
Para fortalecer a autoestima é fundamental sermos sinceros. Ser sincero significa reconhecer quem somos, os pontos fortes e fracos. Ter coragem de olhar para nossas atitudes ao final do dia e nos parabenizar pelos bons atos, as boas palavras e os bons pensamentos. E, com gentileza, reconhecer nossos erros, exageros, “maldades”, sem nos justificar, procurar culpados ou mentir para nós mesmos. O reconhecimento nos oferece a oportunidade de analisar, rever e mudar, se assim quisermos.
Muitas vezes quando estamos desanimados, nos sentindo fracos, impotentes diante dos obstáculos, é a autoestima que pode nos tirar das trevas e nos lançar um pouco de luz. Dizer para si mesmo: “vamos, você consegue”, com fé, confiança, gentileza e um sorriso, pode fazer toda a diferença e ajudar a seguir em frente. É muito bom quando ouvimos isso de alguém, mas é maravilhoso quando dizemos para nós. Isso fortalece a sua autoestima.
Perdoe-se. Perdoar a si mesmo é um ato de amor. Perdoar significa que decidimos parar de nutrir a raiva e a revolta por um erro que cometemos. Podemos utilizar esta frase: “eu me perdôo e ficarei atento para que este erro não se repita.” Para perdoar-se e perdoar o outro precisamos ativar a humildade e a flexibilidade.
Conhecer seus limites – aqui e agora – e respeitá-los. Não precisamos ser perfeitos para nos amar e sermos amados. Cada um de nós tem seus próprios talentos e sua maneira particular de ver e fazer as coisas. Precisamos abandonar o vício de nos comparar com o outro. Ao nos comparar corremos o risco de sentirmo-nos superiores ou inferiores. Ambos são perniciosos, ilusórios e não contribuem para nossa evolução. Na comparação, geralmente nos colocamos abaixo, a autoestima despenca.
“Hoje acordei, olhei no espelho, e vi alguém que vale a pena eu conhecer melhor.”
Autoconfiança. Temos por hábito, valorizar os erros e menosprezar as vitórias. Qual foi a última vez que comemorou? Quando fez uma reflexão e reconheceu quantos obstáculos internos e externos já venceu até hoje? Quantos desafios, problemas e dificuldades já superou? Talvez nunca tenha pensado nisso. Mas estamos sempre remoendo e ressentindo aquilo que chamamos de derrotas ou perdas. Vamos ter um olhar mais realista, gentil e verdadeiro para nós mesmos.
Correr riscos fortalece a autoestima, estimula a criatividade e a intuição. Mas fique atento, estamos falando de correr riscos de forma consciente, sabedor de seus potenciais e de seus limites. Senão, nos lançamos em um vôo ilusório, maior que nossas asas e o resultado pode ser a frustração e o rebaixamento da autoestima e autoconfiança.
Cuide bem de você, da sua saúde, do que come, bebe, fala, sente e faz. Não há segredos, nem mistérios, nem magias que possam substituir sua decisão firme de cuidar e gostar mais de você a partir de agora. Autoestima, como disse o Mestre é “amar ao próximo como a ti mesmo.”
Precisamos ter disciplina e determinação para mudar nossos padrões negativos de comportamento e sentimentos em relação a nós mesmos. Esse é um esforço que vale a pena, que traz excelentes resultados, benefícios e prosperidade!
Abraço fraterno