Um ensaio sobre as curvas e os labirintos do reencontro consigo mesmo, do autoconhecimento. Agora me vejo, refere-se ao momento em que podemos olhar para nós com os nossos olhos, sem críticas ou julgamentos, com compaixão, acolhendo nossa luz e nossa sombra!

reencontro

Experimento a vida pela janela do apartamento

Acreditando que conhecer é saber

Folheando, devorando páginas de livros e artigos de Internet

Confundindo virtual com real

Racionalizando o amor

Mistificando a vida

Rituais me fazem crer que “tudo ficará bem”

Que basta um toque mágico de alguém “especial”

Confio, espero, me entrego

Sinto alívio, volto a sorrir

O tempo passa

Na próxima curva, encontro-me com o sofrimento novamente

Disfarçado, com outra roupagem

Outros motivos, novos personagens

Mas reconheço sua face

Será que me iludi, acreditando que já estava tudo resolvido?

Desespero, angústia, raiva, dúvida, insegurança

A velha culpa, em mim mesma ou procurando alguém a quem culpar

Você quer a minha culpa? Indica alguém que a queira?

Tem sempre alguém disposto a assumir a culpa…

Aos poucos, percebo o quão é verdadeiro é o texto abaixo, desconheço a autoria, mas registro a minha gratidão!

“Andei por uma rua e havia um buraco profundo na calçada. Saindo-do-buraco...1

Caí dentro do buraco.

Gritei, estou perdido.

Não tive nenhuma ajuda.

Porém, a culpa não é minha, mas do buraco.

Levei tempo para sair dali.

Andei pela mesma rua, havia um buraco profundo na calçada.

Fingi que não o vi, e caí novamente.

Não posso crer que estou de novo no mesmo lugar, mas a culpa não é minha, mas do buraco.

Vou lutar e sair daqui.

Andei pela mesma rua; ainda há um buraco profundo na calçada.

Vejo que o buraco ainda está ali.

E, por um descuido, caio novamente dentro dele.

Isso se torna um hábito.

Meus olhos estão abertos, mas não vê.

Sei onde estou, a culpa é minha.

Vou sair daqui imediatamente.

Andei pela mesma rua; ainda há um buraco profundo na calçada, mas consegui passar ao lado.

Sabendo que naquela rua há um buraco, decido ir por outra rua.”

Estou cansadaicone-estotada

Mas agora reconheço

Que todas as formas de fuga me conduzirão ao mesmo lugar: para dentro de mim mesma

Está escuro aqui

Não há nenhum “salvador da pátria”

Todas as palavras que li e ouvi estão soltas

Quantas experiências maravilhosas eu vivi

Quanta beleza e aprendizado há aqui dentro!

Muitas lições foram feitas, outras, escondi, adiei

Entulho que precisa de reciclagem

Acontecimentos e sentimentos antigos que quero, simplesmente, arquivar

Aprendizados que foram esquecidos e posso praticá-los novamente

Parece um quebra-cabeça à espera de ordem

Agora compreendo que saber não é sabedoria

Muito do que aprendi carece de coerência: manter a palavra e a ação na mesma direção

Será que preciso de decisão firme, corajosa e determinada para ser o que Eu Sou?

Agora me vejoautoconhecimento-480x297

Hei! Tem alguém aí?

Espere um pouco

Há um rosto conhecido, uma energia que me atrai, uma luz pequenina e suave

Aos poucos, chego mais perto

Ela abre os braços e com um sorriso acolhedor me convida

“Vamos nos conhecer?”

 

Abraço fraterno

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