Quantas vezes você implorou por misericórdia, quantas vezes você se sentiu perdido, angustiado e confuso?

Tal qual a Fênix, você sabe como se levantar das cinzas. Você já passou por isso!

“Quando não somos mais capazes de mudar uma situação … somos desafiados a mudar a nós mesmos.” Viktor Frankl

Estamos passando por muita dor atualmente, devido à reviravolta de todos os valores e papéis da vida, do trabalho e dos relacionamentos nos quais baseamos nossa segurança e proteção. As mudanças chegam rapidamente, nem sempre temos tempo para digerir tanta informação e novidade, por isso, muitos de nós estão sofrendo perda, confusão, frustração e muitas vezes ansiedade e pânico.

Queremos recuar para o “antigo”, onde era seguro – conhecido, mas isso não pode ser. Por mais dolorosa que seja essa experiência, o abalo de alguns paradigmas e modo de ser, ter e fazer estão se modificando e estamos sentindo as dores do parto de uma nova maneira de viver, atuar e se relacionar.

Lembre-se, você já passou por outras fases de mudança e sabe que resistir, negar, fugir, não é a melhor estratégia. Você já ultrapassou obstáculos, venceu barreiras, superou desafios.

Acredito que as pessoas, muitas vezes, não mudam até que a dor da mudança seja menor do que a dor de permanecer na situação dolorosa.

As dores da alma surgem como um chamado, um convite às mudanças. Quanto antes atendermos ao chamado, menor a dor, maior o crescimento.

Muitos vícios surgem quando temos medo de atender ao chamado da alma. Quando evitamos renunciar ao que nos machuca, negamos o sofrimento ou continuamos em uma relação falida e ameaçadora. Quando não reconhecemos as nossas necessidades e passamos apenas a atender as necessidades dos outros. Quando não tomamos nossa vida nas mãos com força, garra e determinação. Qual o chamado da sua alma nesse momento?

Algumas características desse chamado incluem: negação, problemas de autoestima, olhar para os outros buscando aprovação e/ou comparando-se, incapacidade de relaxar e ouvir a si mesmo, procrastinação, sentimentos de abandono, culpa e rejeição. O chamado ocorre para que haja superação, transformação desses estados emocionais e comportamentais.

Todos nós chegamos a um estágio em nosso crescimento, onde a personalidade deseja se submeter às necessidades e ao chamado da alma. Pode ser que sua alma queira mais autenticidade, criatividade, leveza, mais amor e menos cobrança, mais prazer e menos culpa. Pode ser que sua alma queira reencontrar a verdade interior, os talentos, os sonhos, a originalidade, realização, independência.

O que estamos fazendo então? Alguns indivíduos entorpecem sua dor com a televisão, internet, vícios diversos e dependência química, enquanto outros se tornam compulsivos. Outros ainda se acomodaram em uma complacência – um desamparo aprendido – e, num estado entorpecido, percorrem os movimentos da vida sem alegria, no piloto automático.

É preciso uma quantidade de coragem para ouvir a alma. Uma vez que ouvimos suas perguntas e respostas, não podemos mais fingir ignorância. A dor que sentimos é a dor do parto do nosso eu superior para o mundo. Quais são os custos físicos, emocionais, mentais e espirituais de se recusar a satisfazer as necessidades da alma?

Acredito que nós temos a semente da sabedoria (as nossas respostas e nosso caminho verdadeiro) dentro de nós, não importa qual seja a forma, mas se não ouvirmos e agirmos em sintonia com essa pequena voz interior dentro de nós, ficaremos insatisfeitos com nossas vidas.

Olhe para você com afeto, sem críticas ou julgamentos e conheça melhor seus talentos, seus sonhos, necessidades e habilidades. Seja seu melhor amigo e lhe dê incentivos, feedbacks verdadeiros e conselhos úteis.

Abraço fraterno!

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